E se de repente, num descuido eu
assumir? O que não por orgulho, mas por respeito, eu escondi?
E de repente pensando como tudo
isso começou; é engraçado e contraditório estar apaixonado por você, eu que
sempre defendi de que uma garota não precisaria ser a mais linda para me
conquistar. E de repente você surge em minha vida como textos, lindos, cheios
de sentimentos, tão cheios de “você”, bagunçando o meu mundo que aparentemente estava
em ordem; e o pior é que eu gostei, e mesmo quando todos os meus instintos
disseram “Não cara, sai dessa...” eu me deixei levar, e de repente me permiti
ser atraído por aquelas doces palavras que nunca foram para mim – mas e daí?! Eram
lindas, eram suas e acima de tudo eram “você”!
E de repente me vejo indo em
busca da fonte, com todas as duvidas e só uma certeza “eu havia me apaixonado,
por textos”, e de repente você poderia não ser a mais linda, nem a mais legal,
de certa forma torci para que você fosse estranha “iria me sentir mais seguro e
menos num campo minado”. Mas daí como prova de que quando tudo já está ruim
ainda pode piorar, te vejo e no mesmo instante entro em conflito comigo mesmo,
sabia que era perigoso, sabia que deveria ter inventado uma desculpa qualquer e
ido embora enquanto podia, mas eu demorei te olhando, me encantei com “você”,
vacilei; e você? Você percebeu meu nervosismo, “você” sorriu. E foi aí que de
repente percebi que já não adiantaria correr, eu havia me apaixonado ainda mais
pela menina de traços meigos, que inspira romantismo e poesia. Aquele sorriso
se abriu em um leque infinito de cores magicas em meu mundo em tons de cinza.
E de repente eu quis ficar e
fiquei; quis sonhar e sonhei; te estudei, te sentir, te descobri e vivi, e de
repente você nem precisava ser a mais bela, mas é! Nem precisava ser a mais
legal, mas trouxe todas as cores consigo, e de repente eu, poeta, louco,
pessimista, cinzento e cativo me vejo apaixonado por você, poetisa, sã,
otimista, colorida e livre. Livre!
E de repente me apeguei, mas você
livre se foi; eu fiquei, sofri tua ausência, você aminha não sei; eu não
chorei, você se chorou não sei; eu contei as horas, você... não sei; eu ainda
tenho saudades, você não sei.
E se de repente eu escrevo, e se
de repente você ler? Daí de repente eu assumo o quanto estar longe é cinza, é
ruim, é vazio. Não que eu não sorria, eu sorrio, mas não tem tantas cores. Mas e
se de repente me faço egoísta, te peço que volte, te peço que fique, te peço
que brilhe para mim e que sejas minha. Então, será que de repente, você volta? E
de repente você fica? Fica e brilha? Mas brilha só pra mim?
Porque de repente... de repente
eu não paro mais de pensar em você.
Sem histórias de amor hoje,
pra hoje só tem verdade :\